Campo Grande (MS) – Policiais Militares Ambientais de Bataguassu receberam denúncias, de que quatro assentados residentes, em um assentamento localizado no município de Santa Rita do Pardo, a 266 km da Capital, reuniam-se costumeiramente para praticar caça. Com endereços dos lotes dos infratores, a PMA e Policiais Militares de Santa Rita do Pardo foram hoje (27) pela manhã, ao assentamento São Tomé – Agrovila I, à moradia de cada denunciado.
Em conversa, com o primeiro denunciado, de 44 anos, este confessou que estava com um pernil de animal silvestre da espécie cateto, pesando 5 kg, em seu frízer. Os policiais apreenderam a carne. No local, a PMA apreendeu também um pássaro-preto, que era mantido em cativeiro ilegalmente. O caçador indicou um vizinho companheiro de caça, o qual havia o auxiliado no abate de um animal da espécie anta, que tinham capturado em uma armadilha do tipo laço.
Os Policiais foram ao local e o infrator, de 58 anos, confessou que estava com 8 kg de carne de animal silvestre da espécie anta e indicou o local em que estavam enterrados a cabeça, o couro e os restos do animal, que haviam abatido há cerca de 10 dias. A carne foi apreendida. Cada infrator foi autuado administrativamente e multado em R$ 4.000,00. Eles também receberam voz de prisão por crime ambiental.
Antes de conduzir os caçadores à delegacia de Polícia, os Policiais foram até os lotes dos outros dois denunciados. Ao conversar, com um senhor de 85 anos, este confessou possuir três armas, sendo dois rifles calibre 22, uma espingarda de pressão e munições sem documentação, que foram apreendidas. Ele recebeu voz de prisão por posse ilegal de armas.
Com o último denunciado, de 47 anos, os Policiais encontraram um rifle calibre 22, com silenciador. A arma foi apreendida. Ele também recebeu voz de prisão posse ilegal de arma.
Todos os infratores foram conduzidos, juntamente com o material apreendido, à delegacia de Polícia Civil de Santa Rita do Pardo, onde dois foram autuados em flagrante por posse ilegal de armas. A pena para o crime é de um a três anos de prisão.
Os dois caçadores, com quem foi apreendida carne de animais silvestres, foram autuados em flagrante por crime ambiental de caça ilegal. A pena para este crime é de seis meses a um ano de prisão, agravada de mais meio ano, pois a anta consta da lista de animais silvestres em extinção.
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