Campo Grande (MS) – Terminou há pouco, às 18h40, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a audiência pública “Salve as Cabeceiras do Pantanal”. A audiência promovida pela Comissão de Meio Ambiente daquela casa de leis, visava a discutir os impactos de atividades irregulares no Planalto, que afetam a planície pantaneira, bem como as degradações na própria planície.
São desmatamentos sem que se realizem as práticas de conservação do solo, causando erosões, que lançam sedimentos na planície pantaneira, desmatamentos de matas ciliares, drenagem de áreas de várzeas, agricultura sem se observar as medidas preventivas adequadas, instalações de ranchos pesqueiros e outras atividades turísticas sem licenciamentos ambientais, entre outros.
Participaram da audiência órgãos ambientais, como o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), IBAMA, Organizações não Governamentais, como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), de Corumbá, que tem diversos trabalhos em parceria com a PMA e vários ambientalistas.
O Comandante da Polícia Militar Ambiental, Tenente Coronel Jefferson Vila Maior, tratou das questões relativas às fiscalizações no Estado, especialmente, na bacia do rio Paraguai, na qual está inserido o Pantanal. Dentre os problemas das degradações explicou todas as questões relativas aos crimes tocantes às degradações de áreas de preservação permanente (APP), como nascentes, matas ciliares, encostas de morros, bem como o combate a erosões.
Como exemplo, o Comandante citou que só em 2016 já foram 26 autuados por degradações de matas ciliares, sendo aplicadas multas que perfizeram um valor de R$ 460.000,00. Tratou ainda das degradações por drenos de várzeas e afetação de nascentes e olhos d’água do rio da Prata, em propriedades de Bonito, em que só uma fazenda foi autuada em R$ 13.000.000,00 (treze milhões de reais).
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