Campo Grande (MS) – Para a prevenção contra os crimes e infrações ambientais e minimizá-los, além da educação ambiental, a PMA tem utilizado a informação direta durante os trabalhos de fiscalização. Uma forma de informação é por meio de vídeos e áudios, com disseminação pelos meios de comunicação escrito, falado e televisionado, com grande apoio recebido das empresas de comunicação, mas também via mídias sociais. Durante essa semana da Polícia Militar Ambiental e da Água, cada dia haverá um tipo de orientação, versando sobre um problema ambiental premente.
No vídeo de hoje (22), a Sargento Vânia Deleglodi Marques, médica veterinária, trata da captura de animais silvestres. No ano passado (2021), Policiais Militares Ambientais do Estado capturaram 2.841 animais silvestres nos perímetros urbanos, dentre estes, resgates de vários animais vítimas de atropelamentos nos centros urbanos e rodovias. Os principais bichos capturados são aves.
Em 35 anos completados no dia 19 de março de 2022, a Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul, já capturou animais em locais inusitados, como, ouriço em edifício, capivara dentro de armários e fossas, antas dentro de piscina e em tanques de tratamentos de esgotos, jacarés em lagoas de tratamento de indústria e dentro de residências, gambá dentro de máquina de lavar e em forro de residências, serpentes e lagartos em áreas de motores e dentro de veículos, tamanduá-bandeira dentro de churrasqueira e de fossa e dormindo em quarto onde havia crianças, entre outros.
Ressalta-se que a maior parte desses animais são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), localizado na Capital. No interior. alguns são soltos nas redondezas, depois de laudos de médicos veterinários e biólogos constatando que são bravios e daquele habitat, da região de onde foram capturados. Os números também não abrangem os animais vítimas de tráfico e também os animais que são apreendidos com infratores que os criavam ilegalmente em cativeiro, os quais são também encaminhados ao CRAS.
As características acertadas das cidades de Mato Grosso do Sul de conservar muitas áreas de flora nos perímetros urbanos, também conserva a fauna ali existente, em um ambiente fragmentado, o que leva a fauna a adentrar os locais habitados. Por exemplo, Campo Grande, que possui grandes reservas florestais e parques, além dos parques lineares de córregos e áreas verdes municipais, favorece à fauna e, essa convivência entre essa fauna sinantrópica e a população gera alguns conflitos, como: adentrar residências, ruas, estabelecimentos comerciais, atropelamentos, bem como há a necessidade muitas vezes, de se fazer o trabalho de captura, devido à fauna adentrar áreas que corram riscos, ou que haja riscos às pessoas. O vídeo hoje leva a seguinte orientação:
“Desde sua criação em 19 de março de 1987, a polícia militar ambiental tem como principais instrumentos para a minimização dos crimes e infrações, a educação ambiental e a orientação à população. O batalhão executa à captura de animais silvestres, quando ela necessária. A maioria das cidades de MS conservou reservas florestais, matas ciliares, unidades de conservação, áreas verdes, que, consequentemente, conservam a fauna, dentro da capacidade de cada ambiente. Dessa forma, em determinado momento, principalmente quando os animais entram nas residências, haverá a necessidade de captura. Ocorre que, muitas vezes a situação, mesmo em perímetro urbano, não é caso de captura. Por exemplo, o animal adentra à rua, mas está próximo ao seu habitat. Caso não haja perturbação, o bicho normalmente retornará. A possível tentativa de captura estressaria o animal, além de colocá-lo em risco de atropelamento e estresse excessivo, que dependendo dos casos, podem até levá-lo à morte. A PMA orienta, para que não se aproximem e nem deixem crianças se aproximarem, especialmente, dos animais que ofereçam riscos, como os grandes mamíferos e animais peçonhentos, pois, ao se sentirem acuados eles podem atacar, no intuito de defesa.
Outros casos em que as pessoas ligam para captura, ou pior, até capturam os animais, envolvem filhotes no período reprodutivo, principalmente as aves. Em um determinado momento, os filhotes não ficam mais nos ninhos, até porque precisam aprender a voar, porém, os pais continuam alimentando-os e os protegendo. Dependendo da espécie, às vezes, os filhotes chegam a ficar dois ou três dias no mesmo local, porém, os pais continuam cuidando desses filhotes. Quanto à questão do risco de animais doméstico os predarem, em princípio, essas aves já conseguem fazer pequenos voos de defesa e, em segundo lugar, na natureza são muitos mais predadores e a grande maioria sobrevive.
Quando se faz a captura, haverá a retirada dos filhotes do cuidado parental e ainda um custo ambiental enorme para a fauna, bem como econômico de dispêndio de dinheiro público, com técnicos cuidando, alimentação, remédios, entre outros, até sua reintrodução na natureza. Além disso, os custos continuam mesmo depois de soltos, porque se necessitam monitoramentos para verificação se o animal se readaptou a vida no habitat natural.
(Vídeo)
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL – PMMS – (Contato – TENENTE CORONEL EDNILSON PAULINO QUEIROZ) tel. – 3357-1500







